Como as ferramentas de autoria podem contribuir para criação de uma cultura de aprendizagem nas organizações.

Essa semana saiu um artigo na Você RH[1]  falando sobre a ‘Cultura de Aprendizagem nas Organizações’. Especialistas em T&D e de algumas Universidades Corporativas, participaram da matéria apresentando o seu ponto de vista sobre a importância do contexto da aprendizagem e do protagonismo da organização, para além do RH e da própria Universidade Corporativa, em criar ambientes de aprendizagem relevantes que permitam o fomento dessa cultura do aprender, ou de  learnability ou a “aprendibilidade” como denomina o Karnal.


A ideia parte do princípio de que todos têm algo a oferecer, em algum aspecto, para o aprendizado do grupo. E é justamente nessas temáticas, a serem oferecidas, que a cultura de life long learning se pauta; afinal, as pessoas saem do modelo tradicional de treinamento, em que temos aquelas formações gigantescas, obrigatórias e técnicas, para outros formatos de conteúdo que são mais atrativos e mais comunicativos dentro da realidade dos colaboradores.

Na matéria, uma das metodologias usadas pela UCs e Organizações consiste na realização de sensos e pesquisas para entender o que, e como, os colaboradores gostariam de aprender. Além de trazer “o como” a Universidade corporativa, junto às demais áreas da companhia,  podem (e devem), atuar a partir desse cenário de forma complementar e paralela.

Munidas dos dados, as empresas  investiram nas tecnologias necessárias como em LMS (Plataforma de gestão de aprendizagem) ou LXP (Plataforma de experiência de aprendizagem) que permitam novos modelos de aprendizagem, especificamente aqueles em que colaboradores são eleitos a “top voices” em suas organizações e compartilham seus conhecimentos teóricos, acadêmicos e/ou vivenciais. Aliás, é importante dizer que o conhecimento vivencial é fundamental para a cultura de aprendizagem em uma organização.

E como repetir esse processo de mensuração de dados na sua organização, afim de identificar e entender o melhor modelo de mídia para os seus colaboradores e o melhor formato de conteúdo? Não podemos esquecer que Universidade Corporativa tem que estar de olho no engajamento e na estratégia do negócio!

Para isso preparamos alguns passos, são eles:

Passo 1 – Levantar os dados necessários para a tomada de decisão!

A partir da plataforma de ensino, identifique quais os tipos de recursos são mais acessados pelos alunos, se desejar lance uma pesquisa rápida de reação ao final de cada ação de treinamento e observe os indicadores apresentados, eles ajudarão a tomar a decisão.

Passo 2 – Monte um censo, pesquisa qualitativa.

Para elaborar essa pequisa para levantar dados,  use recursos da própria plataforma de aprendizagem. No entanto, é preciso lembrar que as avaliações desses ambientes tendem a ser sem graça em diagramação. Nossa sugestão  é  optar por uma ferramenta de autoria.

Passo 3 – Escolha uma ferramenta que torne a pesquisa atrativa.

Falamos novamente nas ferramentas de autoria. Todas elas vão permitir criar questionários no modelo de survey/pesquisa na plataforma, de forma que os dados ficarão armazenados e poderão ser consultados via relatório.

Vamos aproveitar para  indicar O pacote Ispring Suite MAx da Ispring Brasil, por permitir usar o Quizzmaker e o criador de rapidlearning 100% responsivo no Suiite Max. Observe alguns detalhes:


Neste exemplo você pode observar os quizzes que são permitidos. A ferramenta permite a criação de avaliações de conhecimento, de mediação de aprendizagem, de pré e pós curso, entre outras aplicações.

A ferramenta possibilitará diferentes tipos de perguntas, o que tornará a sua pesquisa, para levantamento de dados,  mais interessante para o aluno.

Além das perguntas, slides de informação e conclusão, para que os participantes entendam o objetivo da pesquisa, são facilmente criados e disponibilizados dentro do quiz.

As perguntas podem ser divididas em grupos para que os dados fiquem mais organizados, de acordo com a necessidade da pesquisa.

Ao escolher o modelo de pergunta, é necessário, apenas, preencher os campos do enunciado, alternativas, feedback e peso para uma ou mais alternativas.

E com uma rápida construção, que possibilita trabalhar cores e layout.

E, caso precise, de uma avaliação em formato responsivo, pensando nos dispositivos móveis, a Ispring Brasil disponibiliza o criador de rapid learning na nuvem no Ispring Space.

O ‘Space’ é um espaço colaborativo para criação de rapid learning, que permite ao DI criar um portifólio de cursos. E esse portifólio também pode ser direcionado para uma organização ou empresa e até mesmo áreas.

Para criar o teste de pesquisa é muito simples! Basta clicar no criar e selecionar a opão “Exercício”.

De início a ferramenta permite que você preencha as informações sobre o questionário. 

Os modelos de perguntas são mais limitados, no entanto, o objetivo é o mesmo do uso do quizmaker.

As questões e alternativas são muito simples de serem criadas, basta preencher os campos do enunciado, das alternativas, dos feedbacks e marcar o que seria a resposta correta.

Neste modelo estão todas marcadas, por ser uma pesquisa e não uma avaliação de conhecimento ou teste.

A tela inicial da pesquisa, que permite adicionar imagem ou vídeo

 Um exemplo de questão responsiva.

Uma das vantagens é poder enviar o link direto para o usuáraio ou embedar a questão diretamente na plataforma de aprendizagem.

E a pesquisa também pode ser exportada nos formatos de pacote de comunicação que são compatíveis com a plataforma de ensino, ficando, totalmente, armazenada dentro da plataforma de aprendizagem

Passo extra – Analise todos os dados e coloque a mão na massa.

Entenda os contextos, os objetos, os temas, as sugestões apontadas nos relatórios a partir de sua pesquisa, com as perguntas que você pensou junto aos times. Com certeza a atuação da UC e o engajamento desse time vai subir à medida que as implementações começarem.

____

O que achou dessas dicas? As ferramentas de autoria podem ser usadas para muita coisa além da produção de recursos e objetos de aprendizagem. O uso em levantamento de dados e no acompanhamento de cursos, trilhas e formações é uma delas.

Aproveite o artigo e nos vemos na próxima!

_______

Sobre o autor

João Carlos Alcântara é Designer instrucional, Gestor de projetos, com formação em Filosofia, Jogos Digitais e Especialista em Neuroeducação, Gestão de Projetos e Tecnologias Educacionais.

As IAs e o mundo da educação corporativa. Quais os desafios?

Imagem: freepik

Quem participou do último CBTD, que ocorreu neste ano em São Paulo capital, pode perceber que as inteligências artificiais foram as bolas da vez. Todo mundo só falava e pensava nelas. As IAs dominaram, desde as palestras mais simples, passando pelas plenárias, talks até a feira de exposição de soluções pelas empresas do segmento.

E a pergunta que ficou no ar é: Será que essas inteligências vêm para agregar valor à produção e gestão na educação corporativa, ou elas vêm para substituir algumas profissões?

Dada a chegada da web 5.0 (interagimos com a máquina e a máquina interage conosco), que é de fato uma verdadeira revolução na forma em que navegamos, criamos e lidamos com o conteúdo em rede que propicia o ambiente ideal para os metaversos e as IAs ganhem mais espaços. Todavia, não penso que as IAs surjam como algo que vá substituir profissões de tecnologia, mas sim com algo que venha agregar nos processos e nas produções nesses mercados e profissões.

Um exemplo bem claro de revolução que tivemos nos últimos anos, na realidade das produtoras de material didático para a educação corporativa dentro das áreas de T&D e Universidades Corporativas, foram os surgimentos das chamadas ferramentas de autoria; entre elas temos o Captivate, o H5P, Genially, ispring, Articulate e tantas outras que usamos no nosso dia a dia e que hoje fazem parte da nossa rotina.

Recordo que quando tudo era mato no EaD brasileiro, achávamos que o essas ferramentas substituiriam profissões como a do motion (animador), programador, designer gráfico, revisor e outras; mas o que vimos nas produtoras de EaD e nos RHs, foi um movimento completamente diferente.

Essas ferramentas entraram nos projetos de educação corporativa e em suas entregas, mas as demandas específicas para os profissionais supracitados continuaram existindo, um exemplo é quando criamos um ambiente em html5 (linguagem de programação) para rodar uma one page, ou quando usamos uma ferramenta de jogos como o Unity (Software para criar jogos) para criar um game educativo ou quando precisamos fazer um empacotamento no formato scorm (modelo de empacotamento para LMS)..

Assim, também, me parece ser a relação com as inteligências. Elas vêm para suprir as necessidades e para otimizar a criação de objetos de aprendizagem dentro de nossas trilhas, acelerando o processo de produção, aumentando a qualidade e dando autonomia também para setores que antes não possuíam determinadas tecnologias.

Neste sentido, saem na frente as pessoas ou as empresas que sabem mexer e usar bem essas inteligências e as aplica em seus projetos. Prova disso é a procura das pessoas em cursos técnicos que ensine um pouco mais sobre seu uso.

Mas será que tudo o que vimos na CBTD é de fato tecnologia de ponta?

Fonte Freepik

Vimos muitas empresas usando o deepface para gravação de vídeos e voz; e sabemos que essa tecnologia já vem sendo usado até mesmo para fazer sátira de políticos na rede faz um tempo, temos como por exemplo o bruno Satori.

Outra inovação apresentada é o IA dentro dos LMS e LXP, coisa que Universidades como a  Anhembi que já utiliza há anos. No modelo empregado pela IES o boot/IA, há um ganho no repertório, ao passo que interage com os estudantes. Verifique clicando aqui.

Ao mesmo tempo que vimos coisas novas, por exemplo, a integração de plataformas com Chat GPT e similares, possibilitando a criação acelerada de conteúdo e objetos de aprendizagem. Também vimos Sistemas com modelos de cashbank, falas sobre acessibilidade e muito mais.

O evento realmente foi marcante e, além das tendências que vinham sendo repetidas anos após anos, como microlearning, life long learning, gamificação e etc; agora temos o uso dessas novas IAs que pipocam todos os dias nas redes e, sim, com certeza, elas farão parte da rotina dos designer Instrucionais e das fábricas de conteúdo, afinal tudo aquilo que é automatizado e que acelera o processo de produção, certificação e disponibilização, nos vem de bom grado não é mesmo?

E o desafio que fica é o de nos adaptar, de explorar e conhecer os recursos que são interessantes para a realidade do negócio e que ajudem atingir os indicadores estratégicos da organização e, claro, saber manusear bem a ferramenta. Não podemos esquecer a premissa Freiriana que diz que “O educador se eterniza em cada ser que educa”. Logo, a educação é feita de gente e para gente, e não de máquinas para pessoas! Discurso humanizado, dialogado e planejamento, voltado à cultura dos aprendizes ainda é fundamental nesse processo.

E você, o que achou das novidades e como acha que elas impactarão a educação corporativa nos próximos meses? Comenta aí!

João Alcântara

Eu me Chamo João Alcântara, sou DI e consultor de aprendizagem com foco em educação corporativa. Sou licenciado em Filosofia e tecnólogo em Jogos Digitais. Graduando em História e Pòs graduando em Neuroeducaçao e Gestão de Projetos. Me segue no Linkedin.