Eficácia do curso online – Como acompanhar a pós aplicação?

mesa com  note book aberto com gráficos e mãos apontando.
fonte: Freepik

Trabalhar com o desenvolvimento de cursos, em uma primeira olhada (desavisada), pode parecer muito simples. Afinal, a pessoa do T&D vai aplicar aqueles treinamentos que são obrigatórios por Lei, ou que são indicados pelas áreas internas e pronto, está tudo resolvido.

 Só que a verdade não é bem essa!

Para que um curso seja eficaz, antes mesmo de iniciar o seu desenvolvimento, a sua produção, precisamos entender as dores do negócio e os contextos de aplicação. E isso é feito a partir da análise de dados demográficos do público-alvo, para o qual o curso é indicado, junto a outros indicadores e relatórios que apontem desvios em determinados procedimentos ou comportamentos.

Nesse primeiro passo, que a pessoa que trabalha com o T&D faz, é entender o contexto do curso. Para quem ele será aplicado? Qual a faixa etária? Qual a escolaridade? Qual a demografia: porcentagem de homens e mulheres? Qual a vivência e letramento digital? Linguagem mais indicada para uso nos materiais, entre outros.

Uma vez que a persona esteja mapeada, se faz necessário entender (nos indicadores), quais são as dores, os problemas e, principalmente, a causa desses problemas. Essa causa geralmente é identificada no uso de dinâmicas de focus group com o público-alvo, na aplicação de pesquisa survey, na análise dos relatórios e planejamentos de ferramentas como PDCA e SDCA e, até mesmo, em um gráfico de Ishikawa. E, claro, ao ouvir os feedbacks apresentados pelos superiores dos setores.

Somente com todos esses dados em mãos, essa pessoa de T&D, que geralmente é o Designer Instrucional, estará preparado para desenvolver uma solução instrucional e de aprendizagem que seja significativa e que resolva os principais problemas identificados pelos envolvidos no projeto.

DICA: Usar a matriz GUT ou gráfico de Pareto para priorizar os tópicos a serem tratados, pode ser uma boa nessa hora.

Fiz análise de contexto, e agora?

Agora é a hora de colocar a mão na massa e escolher os recursos (vídeos, videoaulas, simuladores, telas interativas, one pages, games…) levando em consideração a persona mapeada e os dados que serão gerados por esses recursos dentro do LMS (Plataforma de ensino), para acompanhamento do desenvolvimento da turma.

Arquivos com empacotamento scorm, que é um padrão de empacotamento criado para mapear as ações do aluno dentro de uma jornada de aprendizagem on-line, permitem receber de imediato alguns status como: iniciado ou não, completo ou incompleto, aprovado ou reprovado, média de aproveitamento, tempo de realização do curso e até mesmo o número de tentativas.

Além desses, temos os recursos que são adicionados diretamente no LMS (Plataforma de ensino), e conseguimos dados indicando se o aluno fez o acesso ou até mesmo o download. E quando pensamos em avaliações e quizzes, temos acesso as notas e os acertos e erros.  Além disso, escolher uma plataforma mais robusta e que seja compatível com mais objetos de aprendizagem e que possua, por sua vez, mais plugins para relatórios pode ser uma boa pedida.

Quando a formação acontece de forma presencial, temos que ter em mente a análise do instrutor e a sua percepção sobre o andamento de cada aluno no decorrer da formação. Avaliações, testes e dinâmicas, serão os principais balizadores de desenvolvimento neste sentido, fazendo com que o instrutor entenda o que precisa, ou não, ser calibrado no decorrer do curso.

 Produzida as mídias para o curso on-line, o que fazer?

Agora é atuar forte na tutoria humanizada. Mesmo para aqueles cursos que sejam voltados a um perfil mais alto instrucional, motivar o aluno para participar de fóruns e chats também pode ser um excelente meio de perceber o seu desenvolvimento acerca do tema proposto na formação. 

Além disso, o ritmo de entrega da turma e de participação nas atividades, atrelados as notas de avaliações somativas e até mesmo de avaliações de reação (que são mais voltadas a avaliar o curso e seu ambiente), resultam em dados importantes para entender a eficácia do curso para toda a turma e para os alunos de forma individualizada.

Uma vez que é perceptível que os alunos não estão entregando as atividades ou reprovando nelas, é chegada a hora de analisar o que se passa. Uma pesquisa diretamente com alguns alunos pode ser fundamental para o sucesso de um curso. Afinal o que faz sentido para um, pode não fazer sentido para outro. Se o aluno for reprovado, pode ser um indício de que o curso não atendeu as expectativas ou que não fez sentido para os estudantes repetentes. Entender os contextos de impedimento de aproveitamento, que podem estar relacionados a tempo, complexidade de entregas, aulas ao vivo mais curtas, entre outros, é fundamental e deve acontecer antes de pedir para que o aluno realize novamente a formação.

Já para os alunos que forem aprovados, o teste de fogo começa com seu retorno nas operações. É importante observar, não só o rendimento do colaborador de forma individual, mas os indicadores da área como um todo. Indicadores melhores e comportamentos mais aderentes podem ser sinal de que o curso foi eficaz. 

Em resumo, para saber se um curso é mesmo eficaz, antes temos que ter em mente, de forma clara, o porquê de o curso ser aplicado; para, ao final, saber avaliar se os comportamentos e erros foram sanados. Esse processo de retorno à operação é o que chamamos de ROI, pois ele vai impactar diretamente nos indicadores, que consequentemente batem no financeiro. 

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