Afinal o que se pode entender por tecnologias educacionais?

Duas mãos aparecem na tela em frente ao fundo azul. a mão esquerda segura livros e a mão direita um notebook.
Fonte: Free Pik.

Quando pensamos em tecnologias educacionais, dada a cultura emergente das tecnologias digitais, somos, erroneamente, levados a pensar que somente as digitais, também chamadas de TDICs (Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação), compõem o hall das tecnologias na educação. Isso nos leva a, muitas vezes, dar à ferramenta o título que não lhe pertence por completo.

Eu, mesmo licenciado em Filosofia – não me considero um Filósofo ainda – não me seguro e tenho que entender alguns porquês das coisas e esse processo exige, muitas vezes, que eu volte à etimologia das palavras para entender a sua construção e significação na língua. Esse movimento é quase instantâneo, quando penso em tecnologias e em educação especificamente.

A etimologia da palavra tecnologia está na junção de duas palavras em grego:

  1. Tekhné – que em sua tradução está ligada á arte, habilidade, técnica, ou seja, o jeito de fazer algo e até mesmo um ofício.
  2. Logos – que se traduz como: Argumento, discussão, razão, sabedoria etc.

Partindo desse ponto de vista, a nossa visão conceitual de tecnologia fica mais abrangente e correta, pois ela não engloba apenas as ferramentas tecnológicas de cada tempo, mas também os estudos, as metodologias, as técnicas, as aplicabilidades e uma série de outros fatores inerentes á educação.

Neste sentido, para nós, profissionais da educação; seja ela corporativa, acadêmica ou técnica, temos que pensar nessas tecnologias desde um primeiro momento do nosso plano de aula, pensando nos métodos, teorias e suas aplicabilidades e evoluir, consequentemente, para o uso das ferramentas analógicas ou digitais que podem, e devem, ser usadas para determinado projeto de ensino.

O fazer o levantamento das necessidades de treinamento, mapear a persona, entender os objetivos de aprendizagem ou do negócio, usando um 6Ds, por exemplo; o adequar teorias educacionais ao plano de ensino, o usar ferramentas de gestão e modelos de documentos para organização nessa concepção, são tecnologias.

Para falarmos de tecnologias temos que ter em mente que ela está na raiz daquilo que fazemos, está no nosso ofício de educador e na ação desse ofício que é educar, que é transferir conhecimentos e saberes, que é transformar vidas e realidades, entre tantas outras definições.

O uso das TDICs na educação, exige o uso de outra tekhné que é o planejamento. Um programa de formação só vai funcionar bem se as coisas estiverem bem mapeadas, bem planejadas, com contextos bem compreendidos e público bem pensado. Não tem como gerar experiência de aprendizagem, sem antes passar pela etapa do planejar para depois passar para a etapa do elaborar.

E você o que acha? Concorda que as tecnologias educacionais começam antes mesmo do uso das TDICs?

Sobre o autor

João Carlos Alcântara

É designer Instrucional e idealizador do projeto Lógos Edtech, atuando como Consultor Educacional e Projetos>Possuí Licenciado em Filosofia e Tecnólogo e Jogos Digitais, atualmente é estudante de História e está se especializando em Neuroeducação, Gestão de Projetos e Tecnologias educacionais.

Meu cliente quer implantar um EAD e não sei por onde começar, e agora?

Tenho certeza de que todos já se fizeram essa pergunta em algum momento da carreira, não é mesmo? E respondê-la é essencial para o sucesso do projeto. Mas antes que você pergunte, já respondo: Sim, as abordagens e metodologias pedagógicas e os objetivos de aprendizagem são fundamentais, mas para que se possa escolher os recursos, mídias, atividades e compatibilidade com diferentes dispositivos, precisamos, também, conhecer as ferramentas que usaremos na confecção dos cursos.

Home, branco usando camisa social xadrez, escrevendo no caderno à frente do notebook. Vazo com planta à esquerda da mesa.
Fonte: Canva

Bom, no mercado existe uma variedade (dessas ferrramentas de produção de EAD, desde as autorais em que o Designer Instrucional (DI) ou o analista de T&D podem fazer o desenvolvimento do início ao fim do projeto, até as famosas APIs com uso de programadores escrevendo linha a linha o código.

Vantagens das ferramentas de autoria

A vantagem das ferramentas de autoria para produção de materiais e cursos online está na facilidade no manuseio e na agilidade de produção. Ferramentas como Adobe Captivate, Articulate Studio, Ispring, Rise, Storyline, Applique entre outras, possibilitam a criação de simples e-learnings até a produção de vídeos e cursos com tomada de decisão e gamificações mais complexas.

A desvantagem das ferramentas de autoria

A desvantagem está nas limitações que essas ferramentas impõe para a criação. Há determinados recursos que podem ser necessários no projeto, que necessitarão de um programador.

Vantagem das APIs e Animate

Já sabemos que a desvantagem da API ou o Animate (da adobe) está no maior tempo dedicado a produção de cursos, todavia a produção pode ser 100% personalizada, oferecendo uma entrega que vá bem além do que as ferramentas de autoria estão acostumadas a entregar no quesito personalização, relatórios e na experiência de navegabilidade do usuário, por exemplo.

E como saber qual das opções de ferramenta escolher?

Isso vai depender da necessidade do seu cliente, do projeto, do tempo disponível para produção e principalmente do valor acordado. Ao conhecer as funcionalidades básicas das ferramentas já no briefing inicial, será possível identificar as expectativas do cliente e com isso escolher quais são as ferramenta mais indicadas para o projeto.

E o mais importante, atente-se as ferramentas que atendam ao escopo, lembre-se que existem diversas formas de implantar um EAD que vão bem além de uma plataforma de ensino e cursos no padrão scorm.

E aí o que achou desse post? Quer saber mais sobre as ferramentas de produção para EAD? Entre em contato conosco: coodenação@logosed.com.br

Vamos ficando por aqui. Até a próxima!