O Lógos Educa é um espaço colaborativo, em que colaboradores e especialistas em educação serão convidados para falar dos diversos temas que envolvem o setor, assim como as tendências apontadas no mercado para a Educação e suas técnologias. Seja Bem-Vindo à Lógos!
Quando pensamos em tecnologias educacionais, dada a cultura emergente das tecnologias digitais, somos, erroneamente, levados a pensar que somente as digitais, também chamadas de TDICs (Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação), compõem o hall das tecnologias na educação. Isso nos leva a, muitas vezes, dar à ferramenta o título que não lhe pertence por completo.
Eu, mesmo licenciado em Filosofia – não me considero um Filósofo ainda – não me seguro e tenho que entender alguns porquês das coisas e esse processo exige, muitas vezes, que eu volte à etimologia das palavras para entender a sua construção e significação na língua. Esse movimento é quase instantâneo, quando penso em tecnologias e em educação especificamente.
A etimologia da palavra tecnologia está na junção de duas palavras em grego:
Tekhné – que em sua tradução está ligada á arte, habilidade, técnica, ou seja, o jeito de fazer algo e até mesmo um ofício.
Logos – que se traduz como: Argumento, discussão, razão, sabedoria etc.
Partindo desse ponto de vista, a nossa visão conceitual de tecnologia fica mais abrangente e correta, pois ela não engloba apenas as ferramentas tecnológicas de cada tempo, mas também os estudos, as metodologias, as técnicas, as aplicabilidades e uma série de outros fatores inerentes á educação.
Neste sentido, para nós, profissionais da educação; seja ela corporativa, acadêmica ou técnica, temos que pensar nessas tecnologias desde um primeiro momento do nosso plano de aula, pensando nos métodos, teorias e suas aplicabilidades e evoluir, consequentemente, para o uso das ferramentas analógicas ou digitais que podem, e devem, ser usadas para determinado projeto de ensino.
O fazer o levantamento das necessidades de treinamento, mapear a persona, entender os objetivos de aprendizagem ou do negócio, usando um 6Ds, por exemplo; o adequar teorias educacionais ao plano de ensino, o usar ferramentas de gestão e modelos de documentos para organização nessa concepção, são tecnologias.
Para falarmos de tecnologias temos que ter em mente que ela está na raiz daquilo que fazemos, está no nosso ofício de educador e na ação desse ofício que é educar, que é transferir conhecimentos e saberes, que é transformar vidas e realidades, entre tantas outras definições.
O uso das TDICs na educação, exige o uso de outra tekhné que é o planejamento. Um programa de formação só vai funcionar bem se as coisas estiverem bem mapeadas, bem planejadas, com contextos bem compreendidos e público bem pensado. Não tem como gerar experiência de aprendizagem, sem antes passar pela etapa do planejar para depois passar para a etapa do elaborar.
E você o que acha? Concorda que as tecnologias educacionais começam antes mesmo do uso das TDICs?
Sobre o autor
É designer Instrucional e idealizador do projeto Lógos Edtech, atuando como Consultor Educacional e Projetos>Possuí Licenciado em Filosofia e Tecnólogo e Jogos Digitais, atualmente é estudante de História e está se especializando em Neuroeducação, Gestão de Projetos e Tecnologias educacionais.
Essa, sem sombra de dúvidas, foi a pergunta mais
ouvida nos últimos 20 meses. Como sabemos, boa parte das empresas e
Universidades ainda não se encontravam adequadas ao modelo digital para
capacitação on-line de seus times ou alunos. Com a chegada da COVID-19, muitas
das relações foram mudadas de uma hora para outra e, com isso, ocorreu o que
chamamos de ‘aceleração do processo de digitalização das organizações’.
Se até
meados de 2020 as organizações e IES (Instituições de Ensino Superior), tinham
por costume comprar objetos educacionais fracionados, com o advento da pandemia
não só passaram a comprar trilhas com diversos objetos, como também a contratar
consultoria educacional e implementação de plataformas LMS para aplicação dos
cursos on-line; seja no viés da educação corporativa ou acadêmica – no caso das
Universidades e Escolas.
As
instituições que não pretendiam ter um controle rígido do acesso dos estudantes
em seu ambiente virtual, acabaram optando por versões mais baratas (como é o
caso do Google Sala de Aula), já as instituições que necessitavam, ou desejavam
fazer um acompanhamento mais aproximado do aluno, acabaram optando pelos
sistemas de gestão de aprendizagem (LMS). Algumas versões open source, como é o
caso do Moodle, outras alugadas com empresas de edtech.
Esse
contexto é importante para que possamos compreender a importância da educação
on-line e responsiva nas organizações, ou seja, de modelos de plataforma que
funcionem em qualquer dispositivo conectado à internet, a qualquer momento e em
qualquer lugar.
Mas
afinal, quais os passos que eu, como empresa, e as IES teremos que dar, rumo à
digitalização dos meus cursos?
Um bom começo, para dar um Norte, é contatar uma consultoria, ou um consultor, para que os cenários da instituição sejam corretamente analisados e uma proposta de implementação seja criada para atender a necessidade da empresa.
O
primeiro passoconsiste em entender quais os recursos que sua
instituição dispõe no momento. Em outras palavras, começamos, portanto,
pelo conteúdo. Definir quais temas a instituição vai transpor para a modalidade
on-line e como funcionará essa aplicabilidade.
Um bom
exemplo é de como adequar as formações técnicas de atendimento presencial.
Nesse bloco de conteúdo existe algum vídeo ou mídia que possa ser
reaproveitado? Caso não exista, utilizar o conteúdo como base para escrever as
peças digitais da formação é primeiro ponto.
O
segundo passoé entender quais as competências do seu time. Será
que alguém da área de T&D teve ou tem experiência com EAD, seja na
confecção de conteúdos e cursos ou mesmo na tutoria e gestão de Plataformas?
Entender
esse cenário é importante para que você possa utilizar como reforço, e
pontos-focais, as pessoas com experiência prévia; e para que possa mapear as
competências para as quais os colaboradores precisam ser treinados.
O
terceiro passoé entender o aparato tecnológico da organização. Ou
seja, a instituição já possui alguma plataforma de aprendizagem? Já foi feita a
cotação com alguma empresa ou existe alguma negociação e relatório nesse
sentido?
Depois
cabe ver com a TI o espaçamento de servidor; pois aqui se tomará a decisão de
comprar um LMS em um plano alugado (cuja instalação consta no servidor do
parceiro contratado), ou se comprará a plataforma para instalação direta no
servidor da organização.
Também
é preciso pensar em quais ferramentas e recursos físicos a instituição deverá
dispor para que as produções possam acontecer. Por exemplo: Quais são os
softwares para criação de telas interativas? Software para edição de vídeo e
áudio, câmera, iluminação, microfone entre outros para produção e gravação de
vídeo aulas. Isso é importante, pois para criar uma área de EAD, as ferramentas
e equipamentos são necessários para iniciar a produção interna. Outra opção
seria a contratação de cursos produzidos externamente. Isso faz com que sua
estrutura interna seja mais enxuta.
O
passo quarto é definir a plataformaque será usada na área de EAD. Sim, ela é um
item obrigatório nesse sentido!
A boa
notícia é que existe uma variedade de plataformas no mercado. Aqui na Lógos nós
trabalhamos com o EDUCA, que é uma plataforma Moodle, personalizada para a
identidade visual do cliente e que contam com planos de suporte, ou seja, se
você desejar pilotamos a plataforma inteirinha para você e capacitamos o time
para uso sempre que necessário.
Com a
plataforma escolhida e o modelo de hospedagem definido (se ela vai ficar no
servidor interno da sua instituição ou no servidor da empresa contratada), é só
colocar tudo no ar. A empresa que fará a implementação criará os usuários de
tutores, criadores de cursos, administradores, gerentes de cursos, alunos e os
demais usuários que a empresa precisa, deixando tudo pronto para rodar.
E o
quinto passo é capacitar o seu time. Identificada as competências que precisam ser
treinadas, basta colocar a mão na massa e capacitá-los para a produção de
recursos midiáticos digitais e gestão do LMS.
– Uma
super dica: O interessante mesmo é contratar pessoas com experiência na
produção de recursos no mercado, principalmente os Designers Instrucionais, no
nosso canal do Youtube, fizemos uma Live com o DI João Alcântara, falando do
papel estratégico desse profissional na área de T&D, acessa o canal para
assistir.
Então,
vamos recapitular:
1 –
Analisar as formações presenciais que passarão para o modelo digital também.
2 –
Levantar a vivência com EAD no meu time.
3 –
Entender a minha realidade tecnológica
4 – Conversar
com o TI para decidirem juntos a melhor realidade de hospedagem do LMS e
contratar a plataforma de mercado que esteja mais aderente às necessidades do
seu negócio (dica, ao menos nos primeiros anos contrate com os planos de
suporte, eles serão uma mão na roda).
5 –
Capacitar o time para produção e contratar os profissionais necessários para o
desenvolvimento dos recursos, principalmente o Designer Instrucional.
Por
fim, é só começar a disponibilizar os cursos na plataforma, cadastrar os alunos
em suas turmas e acompanhar as capacitações. Você verá que a maioria dos cursos
que vai criar são de autoaprendizagem, deixando a equipe de tutoria mais
voltada ao modelo de suporte sistêmico.
Você
já tem um LMS na sua organização? Tem pesquisado no mercado, mas o preço não
tem ajudado? Que tal entrar em contato com o nosso time de consultores através
da chave: contato@logosed.com.br
para saber mais dos planos do EDUCA-Moodle e seus benefícios?
Tenho certeza de que todos já se fizeram essa pergunta em algum momento da carreira, não é mesmo? E respondê-la é essencial para o sucesso do projeto. Mas antes que você pergunte, já respondo: Sim, as abordagens e metodologias pedagógicas e os objetivos de aprendizagem são fundamentais, mas para que se possa escolher os recursos, mídias, atividades e compatibilidade com diferentes dispositivos, precisamos, também, conhecer as ferramentas que usaremos na confecção dos cursos.
Bom, no mercado existe uma variedade (dessas ferrramentas de produção de EAD, desde as autorais em que o Designer Instrucional (DI) ou o analista de T&D podem fazer o desenvolvimento do início ao fim do projeto, até as famosas APIs com uso de programadores escrevendo linha a linha o código.
Vantagens das ferramentas de autoria
A vantagem das ferramentas de autoria para produção de materiais e cursos online está na facilidade no manuseio e na agilidade de produção. Ferramentas como Adobe Captivate, Articulate Studio, Ispring, Rise, Storyline, Applique entre outras, possibilitam a criação de simples e-learnings até a produção de vídeos e cursos com tomada de decisão e gamificações mais complexas.
A desvantagem das ferramentas de autoria
A desvantagem está nas limitações que essas ferramentas impõe para a criação. Há determinados recursos que podem ser necessários no projeto, que necessitarão de um programador.
Vantagem das APIs e Animate
Já sabemos que a desvantagem da API ou o Animate (da adobe) está no maior tempo dedicado a produção de cursos, todavia a produção pode ser 100% personalizada, oferecendo uma entrega que vá bem além do que as ferramentas de autoria estão acostumadas a entregar no quesito personalização, relatórios e na experiência de navegabilidade do usuário, por exemplo.
E como saber qual das opções de ferramenta escolher?
Isso vai depender da necessidade do seu cliente, do projeto, do tempo disponível para produção e principalmente do valor acordado. Ao conhecer as funcionalidades básicas das ferramentas já no briefing inicial, será possível identificar as expectativas do cliente e com isso escolher quais são as ferramenta mais indicadas para o projeto.
E o mais importante, atente-se as ferramentas que atendam ao escopo, lembre-se que existem diversas formas de implantar um EAD que vão bem além de uma plataforma de ensino e cursos no padrão scorm.
E aí o que achou desse post? Quer saber mais sobre as ferramentas de produção para EAD? Entre em contato conosco: coodenação@logosed.com.br
Vamos ficando por aqui. Até a próxima!
Todos os direitos reservados à Lógos Edtech - 2021.